quinta-feira, 7 de junho de 2007

PHDA/DHDA/DADH - Hiperactividade, implicações neurológicas

Pensa-se hoje que os sujeitos hiperactivos têm uma deficiência ao nível dos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina - substâncias químicas do cérebro que transmitem informações entre as células nervosa – se encontram diminuídas) nas áreas pré-frontais do córtex, fazendo com que a sua actividade seja menor. Esta região é a parte mais evoluída do cérebro e supervisiona as funções executivas: observa, guia, direcciona e/ou inibe o comportamento, organiza, planeja, e faz a manutenção da atenção e do autocontrole.
A disponibilidade dos neurotransmissores nesta zona é significadamente inferior aos sujeitos normais, sabendo-se mesmo que algumas dessas zonas se apresentam subdesenvolvidas e sub-activadas não se conhecendo ainda as razões pelas quais isto acontece. Estudos recentes, utilizando técnicas de neuro-imagem, têm revelado que existe uma menor actividade na parte mais anterior do cérebro (córtex pré-frontal), especialmente no lado direito, e também de certas regiões profundas do cérebro que estão conectadas ao lobo frontal. Sabendo-se então, que as bases neurobiológicas do transtorno assentam em três factores:
- imaturidade cerebral;
- sistemas atencionais anterior e posterior deficitários;
- desequilíbrio no metabolismo de certos neurotransmissores (Lima, 2006).
A actividade cerebral evidencia assim uma actividade diminuída na área pré-frontal do córtex, que é visível ao nível da actividade eléctrica do cérebro, a qual pode ser aumentada através da utilização de estimulantes (Schaughency & Hynd, cit. por Lopes, 2003) e ao nível do fluxo sanguíneo, particularmente no núcleo caudado parte integrante do corpo estriado, que desempenha uma importante função na inibição comportamental e na manutenção da atenção (Lou, Henricksen & Bruhn, cit. por Lopes, 2003). Este abaixamento do fluxo sanguíneo parece ligar-se a uma deficiente produção de dopamina nesta zona, limitando as capacidades de inibição do sujeito. Por outro lado, as conexões do corpo estriado com o sistema límbico, que é responsável pelo controlo das emoções, motivação e memória acarretam, nos sujeitos com DHDA, dificuldades nas funções pelas quais este é responsável. Por isso, é que as drogas estimulantes, que se supõe aumentarem a disponibilidade da dopamina no córtex pré-frontal, revelam uma grande eficácia na redução dos níveis de agitação e desinibição comportamental.

1 comentário:

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